Analista de hedge funds: a fraqueza do dólar desencadeia uma onda de investimento nos mercados internacionais. O fluxo de capital está apenas a começar.
O dólar caiu para o nível mais baixo em mais de dois anos, com os fundos a acelerar a sua entrada em mercados emergentes. O iShares MSCI Emerging Markets ETF (EEM), que possui 800 ações de mercados emergentes, subiu por nove dias de negociação consecutivos, estabelecendo a maior sequência de aumento desde a sua criação em 2016, e o índice também voltou aos níveis anteriores ao início da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, indicando que uma nova onda de rotação de fundos acaba de começar no mercado.
A desvalorização do dólar leva à reavaliação dos ativos de risco
Crescat Capital estrategista macroeconômico Otavio Costa, em uma entrevista ao Benzinga, afirmou que se o dólar continuar a desvalorizar, os investidores buscarão ativamente alocações em recursos naturais e ativos tangíveis, além de mercados emergentes com avaliações relativamente baixas. Se as pessoas acreditarem que o dólar vai desvalorizar, elas vão querer alocar em ativos que possuem valor real, e os mercados emergentes representam essa oportunidade de investimento.
Costa acredita que a atual carga da dívida dos Estados Unidos se transformou em um problema estrutural do dólar. Ele apontou que os gastos com juros do governo federal e local dos EUA representam cerca de 5% do PIB, muito acima dos cerca de 1% de países desenvolvidos como Alemanha, Japão e Canadá, o que significa que a flexibilidade fiscal dos EUA é relativamente fraca, e no futuro pode enfrentar pressão para cortes nas taxas de juros mais rapidamente do que outros países; uma vez que o diferencial de juros se estreite, o dólar pode enfraquecer ainda mais.
O mercado brasileiro é um mercado emergente com potencial.
Em termos de avaliação, Costa afirmou que o preço ajustado ao ciclo do índice de ações dos EUA (The Cyclically Adjusted Price-To-Earnings, abreviado CAPE) atingiu 35, perto do máximo histórico; em contraste, o CAPE de mercados emergentes como o Brasil é de apenas cerca de 12, e ele questiona por que não alocar capital nesses mercados subavaliados? Ele tem uma visão particularmente otimista sobre o Brasil, não apenas porque a avaliação do mercado de ações é atraente, mas também porque o mercado de títulos local tem um bom potencial de retorno.
O Canadá pode tornar-se um porto seguro após a fraqueza do dólar.
Entre os países desenvolvidos, o Canadá é um mercado de potencial subestimado. Costa aponta que o Canadá é um alvo de investimento reverso que merece atenção. Embora não seja um mercado emergente, a alta correlação do Canadá com o gás natural e as commodities oferece oportunidades de mercado. Costa acredita que o dólar canadense está a ser subavaliado a longo prazo, e a forte ligação entre os preços do petróleo e do gás natural pode criar uma oportunidade de recuperação durante um ciclo de alta do dólar e das commodities.
No que diz respeito aos rendimentos fixos, os títulos canadenses também apresentam uma estrutura de rendimento robusta e um melhor controle da inflação, tornando-se atraentes para capitais conservadores. À medida que o mercado reavalia riscos e recompensas, o Canadá pode desempenhar um papel de porto seguro entre os países desenvolvidos.
Rotação do mercado global se destaca, atraindo a atenção de capitais em vários países
Além do Brasil e do Canadá, Costa também mencionou que os mercados da Argentina e da Índia têm se destacado recentemente, especialmente a Argentina, onde a recuperação de fundos após reformas políticas é evidente. Na Ásia, os mercados de ações do Japão e da Europa têm se saído melhor do que os dos EUA, o que indica ainda mais que os investimentos estão se deslocando do mercado de ações americano superavaliado para outras regiões subavaliadas.
Dólar cai abaixo do nível psicológico, atmosfera de mercado se torna mais baixista.
O índice do dólar caiu recentemente para 98,2 pontos, o nível mais baixo desde abril de 2022. O mercado acredita amplamente que os comentários do presidente Trump sobre a demissão do presidente do Federal Reserve, Powell, reforçaram as preocupações do mercado sobre a intervenção política dos EUA na política monetária. Várias instituições financeiras, incluindo o Goldman Sachs, também mudaram para uma perspectiva negativa em relação ao dólar, alertando que a confiança no dólar pode ser prejudicada, o que pode gerar riscos adicionais de inflação.
De acordo com os dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC), a posição líquida de venda em dólares dos investidores institucionais atingiu um novo pico desde 2013, indicando um sentimento pessimista em relação à futura evolução do dólar.
Os mercados emergentes e as economias baseadas em recursos tornaram-se refúgios de capital
Com a desvalorização do dólar, os índices dos mercados emergentes já voltaram aos níveis de fevereiro de 2022. Costa enfatiza que a atual proporção dos gastos com juros nos EUA em relação ao PIB continua a aumentar, o que intensificará a pressão por cortes nas taxas de juros e também impulsionará ainda mais o fluxo de capital para mercados emergentes e economias baseadas em recursos, como Brasil e Canadá, em busca de retornos mais altos e para se proteger contra riscos.
O enfraquecimento contínuo do dólar e a tendência de rotação de capital global podem remodelar o cenário de investimentos. Os investidores devem observar de perto o desenvolvimento dessa tendência e ajustar a alocação de ativos em tempo hábil para responder a potenciais volatilidades de mercado. Este artigo é apenas uma observação de mercado e não constitui um conselho de investimento.
Este artigo Analista de Hedge Funds: A fraqueza do dólar desencadeia uma onda de investimento no mercado internacional. O fluxo de capital está apenas a começar. Apareceu pela primeira vez na Chain News ABMedia.
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Analista de hedge funds: a fraqueza do dólar desencadeia uma onda de investimento nos mercados internacionais. O fluxo de capital está apenas a começar.
O dólar caiu para o nível mais baixo em mais de dois anos, com os fundos a acelerar a sua entrada em mercados emergentes. O iShares MSCI Emerging Markets ETF (EEM), que possui 800 ações de mercados emergentes, subiu por nove dias de negociação consecutivos, estabelecendo a maior sequência de aumento desde a sua criação em 2016, e o índice também voltou aos níveis anteriores ao início da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, indicando que uma nova onda de rotação de fundos acaba de começar no mercado.
A desvalorização do dólar leva à reavaliação dos ativos de risco
Crescat Capital estrategista macroeconômico Otavio Costa, em uma entrevista ao Benzinga, afirmou que se o dólar continuar a desvalorizar, os investidores buscarão ativamente alocações em recursos naturais e ativos tangíveis, além de mercados emergentes com avaliações relativamente baixas. Se as pessoas acreditarem que o dólar vai desvalorizar, elas vão querer alocar em ativos que possuem valor real, e os mercados emergentes representam essa oportunidade de investimento.
Costa acredita que a atual carga da dívida dos Estados Unidos se transformou em um problema estrutural do dólar. Ele apontou que os gastos com juros do governo federal e local dos EUA representam cerca de 5% do PIB, muito acima dos cerca de 1% de países desenvolvidos como Alemanha, Japão e Canadá, o que significa que a flexibilidade fiscal dos EUA é relativamente fraca, e no futuro pode enfrentar pressão para cortes nas taxas de juros mais rapidamente do que outros países; uma vez que o diferencial de juros se estreite, o dólar pode enfraquecer ainda mais.
O mercado brasileiro é um mercado emergente com potencial.
Em termos de avaliação, Costa afirmou que o preço ajustado ao ciclo do índice de ações dos EUA (The Cyclically Adjusted Price-To-Earnings, abreviado CAPE) atingiu 35, perto do máximo histórico; em contraste, o CAPE de mercados emergentes como o Brasil é de apenas cerca de 12, e ele questiona por que não alocar capital nesses mercados subavaliados? Ele tem uma visão particularmente otimista sobre o Brasil, não apenas porque a avaliação do mercado de ações é atraente, mas também porque o mercado de títulos local tem um bom potencial de retorno.
O Canadá pode tornar-se um porto seguro após a fraqueza do dólar.
Entre os países desenvolvidos, o Canadá é um mercado de potencial subestimado. Costa aponta que o Canadá é um alvo de investimento reverso que merece atenção. Embora não seja um mercado emergente, a alta correlação do Canadá com o gás natural e as commodities oferece oportunidades de mercado. Costa acredita que o dólar canadense está a ser subavaliado a longo prazo, e a forte ligação entre os preços do petróleo e do gás natural pode criar uma oportunidade de recuperação durante um ciclo de alta do dólar e das commodities.
No que diz respeito aos rendimentos fixos, os títulos canadenses também apresentam uma estrutura de rendimento robusta e um melhor controle da inflação, tornando-se atraentes para capitais conservadores. À medida que o mercado reavalia riscos e recompensas, o Canadá pode desempenhar um papel de porto seguro entre os países desenvolvidos.
Rotação do mercado global se destaca, atraindo a atenção de capitais em vários países
Além do Brasil e do Canadá, Costa também mencionou que os mercados da Argentina e da Índia têm se destacado recentemente, especialmente a Argentina, onde a recuperação de fundos após reformas políticas é evidente. Na Ásia, os mercados de ações do Japão e da Europa têm se saído melhor do que os dos EUA, o que indica ainda mais que os investimentos estão se deslocando do mercado de ações americano superavaliado para outras regiões subavaliadas.
Dólar cai abaixo do nível psicológico, atmosfera de mercado se torna mais baixista.
O índice do dólar caiu recentemente para 98,2 pontos, o nível mais baixo desde abril de 2022. O mercado acredita amplamente que os comentários do presidente Trump sobre a demissão do presidente do Federal Reserve, Powell, reforçaram as preocupações do mercado sobre a intervenção política dos EUA na política monetária. Várias instituições financeiras, incluindo o Goldman Sachs, também mudaram para uma perspectiva negativa em relação ao dólar, alertando que a confiança no dólar pode ser prejudicada, o que pode gerar riscos adicionais de inflação.
De acordo com os dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC), a posição líquida de venda em dólares dos investidores institucionais atingiu um novo pico desde 2013, indicando um sentimento pessimista em relação à futura evolução do dólar.
Os mercados emergentes e as economias baseadas em recursos tornaram-se refúgios de capital
Com a desvalorização do dólar, os índices dos mercados emergentes já voltaram aos níveis de fevereiro de 2022. Costa enfatiza que a atual proporção dos gastos com juros nos EUA em relação ao PIB continua a aumentar, o que intensificará a pressão por cortes nas taxas de juros e também impulsionará ainda mais o fluxo de capital para mercados emergentes e economias baseadas em recursos, como Brasil e Canadá, em busca de retornos mais altos e para se proteger contra riscos.
O enfraquecimento contínuo do dólar e a tendência de rotação de capital global podem remodelar o cenário de investimentos. Os investidores devem observar de perto o desenvolvimento dessa tendência e ajustar a alocação de ativos em tempo hábil para responder a potenciais volatilidades de mercado. Este artigo é apenas uma observação de mercado e não constitui um conselho de investimento.
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