SEC divulga novos padrões: estará uma onda de aprovações de ETFs à vista no horizonte?

intermediário8/4/2025, 10:52:21 AM
O artigo apresenta uma análise aprofundada do mecanismo de criação e resgate autorizado pela SEC, além dos novos padrões universais para listagem. Essas atualizações devem reduzir consideravelmente os custos de negociação e aprimorar a eficiência global.

No dia 29 de julho, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprovou o mecanismo de criação e resgate em ativos para produtos negociados em bolsa (ETPs) de criptoativos. Até então, os ETPs de cripto utilizavam majoritariamente modelos de criação e resgate em dinheiro. Essa atualização reduz de forma significativa os custos de negociação e aumenta a eficiência. Além disso, a SEC publicou padrões de listagem para ETFs à vista, com a expectativa de que as novas regras entrem em vigor em setembro ou outubro de 2025. O objetivo desses padrões é simplificar o processo de listagem e abrir caminho para que mais criptoativos ingressem no mercado financeiro tradicional.

Deve estar listado em grandes exchanges como a Coinbase por pelo menos 6 meses

Os novos padrões de listagem da SEC priorizam requisitos de qualificação e mecanismos operacionais para ETPs de criptoativos. Pela primeira vez, a permissão formal para criação e resgate em ativos permite que participantes autorizados troquem cotas dos ETPs por criptoativos reais, além do dinheiro. Essa modalidade contribui para redução de encargos fiscais, diminuição de fricções e maior liquidez para os ETFs. Em comunicado oficial, o presidente da SEC destacou que essa decisão equaliza as condições entre ETPs de cripto e ETFs tradicionais, mantendo a integridade do mercado. Antes, os ETPs de cripto só podiam adotar o modelo em dinheiro, o que resultava em custos operacionais mais altos e maior risco de manipulação.

A SEC também estabeleceu padrões universais exigindo que os criptoativos estejam listados em mercados futuros de grandes exchanges, como a Coinbase, por pelo menos 6 meses. Essa exigência garante que os ativos tenham liquidez e profundidade de mercado suficientes para evitar manipulações. De acordo com documentos citados pela Phyrex, a emissão de ETFs para tokens ou moedas meme (como Bonk e Trump Coin) sem mercados futuros deve seguir as exigências do 40 Act.

Quais ETFs de projetos têm maior probabilidade de aprovação

Os ETFs à vista de Bitcoin e Ethereum, aprovados em 2024 e 2025, respectivamente, seguirão se beneficiando do mecanismo em ativos otimizado.

Segundo dados do SoSoValue, até 31 de julho de 2025, os ETFs à vista de Bitcoin nos EUA atingiram um saldo líquido acumulado de US$ 55,11 bilhões. Já os ETFs à vista de Ethereum registraram saldo líquido acumulado de US$ 9,62 bilhões, impulsionado por uma recuperação após um período de baixa. A aprovação dos ETFs à vista impulsiona a valorização desses tokens.

As novas regras criam oportunidades para altcoins, com Solana (SOL) e Ripple (XRP) despontando como primeiras beneficiadas. A proposta da Cboe prevê o lançamento dos ETPs de SOL e XRP no quarto trimestre de 2025, amparados por mercados futuros ativos. Os contratos futuros de XRP foram lançados na Coinbase em 22 de abril deste ano e o uso do XRP em pagamentos internacionais tem atraído interesse institucional. Analistas apontam alta probabilidade de aprovação desses ETFs, potencialmente antes do encerramento de 2025.

Chainlink, Polkadot e Cardano também estão entre os projetos que já cumprem o tempo mínimo de listagem exigido e têm contratos futuros em desenvolvimento. No entanto, nem todos os projetos se qualificam: DOGE pode ser excluído por não ter histórico relevante de negociações futuras, a menos que haja amadurecimento do mercado. No geral, espera-se que os novos padrões permitam a aprovação de 10 a 15 novos ETFs, incluindo os 20 principais criptoativos por capitalização de mercado, facilitando a transição do setor, da especulação para o investimento.

Coinbase desponta como principal beneficiária

Em 9 de maio, a Coinbase Derivatives, empresa do grupo Coinbase, lançou o primeiro serviço de negociação 24 horas por dia, 7 dias por semana, de futuros alavancados de Bitcoin e Ethereum, regulado pela CFTC nos EUA, para investidores institucionais e de varejo. Esse marco histórico que marcou o início da oferta de negociação ininterrupta no mercado de derivativos americano, o que permite aos usuários gerenciar riscos e aproveitar oportunidades continuamente. A Coinbase também pretende lançar contratos perpétuos e ampliar seu portfólio de produtos derivativos regulamentados.

Como maior exchange de cripto dos EUA, a Coinbase tende a se beneficiar significativamente dos novos padrões da SEC. Primeiro, as regras citam a Coinbase como referência de elegibilidade: tokens com mais de 6 meses de negociação na plataforma podem demandar ETPs, expandindo a influência regulatória da Coinbase. Isso facilita a conversão de ativos listados em produtos ETF, atraindo mais emissores para parcerias. Atualmente a Coinbase já é custodiante de diversos ETFs de Bitcoin e Ethereum, com a receita de custódia cresceu 30% no primeiro trimestre de 2025.

Em segundo lugar, os novos padrões devem alavancar o volume de negociações e receitas da Coinbase. O mecanismo de resgate em ativos exige que os administradores de ETF mantenham criptoativos reais, promovendo operações institucionais de grande porte pela plataforma. Analistas da Bloomberg projetam que isso pode gerar receita adicional para a Coinbase de US$ 1 bilhão por ano em taxas. Com mais ETFs chegando ao mercado, é provável que investidores de varejo também busquem a Coinbase para adquirir ativos subjacentes. Isso fortalece ainda mais o ciclo de crescimento.

Em 21 de fevereiro deste ano, a SEC encerrou o processo contra a Coinbase sem aplicação de multas. Com a remoção dessa barreira regulatória, a Coinbase tem caminho aberto para avançar. As novas regras fortalecem a legitimidade da exchange, mudando sua posição de opositora regulatória para parceira do setor.

CFTC pode assumir aprovação primária para ETFs à vista

A Commodity Futures Trading Commission (CFTC), autoridade federal para commodities, vem ganhando destaque no cenário dos ETFs à vista. Como criptoativos como o Bitcoin são classificados como commodities, a regulação dos ETFs à vista exige coordenação entre a SEC e a CFTC. Em 2025, um relatório da Casa Branca recomendou maior integração entre ambas as agências, incluindo a criação de um porto seguro para evitar sobreposição de fiscalizações. Vagas de liderança na CFTC atrasaram algumas decisões, mas abriram espaço para o setor de criptoativos: a estrutura mais flexível da agência pode acelerar a inovação em derivativos de ETFs à vista. Com a classificação de mais criptoativos como commodities pela CFTC, aprovações de ETFs à vista podem acontecer mais rapidamente, reduzindo a carga regulatória da SEC.

Atualmente, os órgãos reguladores parecem ter estabelecido equilíbrio prático. Conforme destacou o comentarista qianbafrank no Twitter, os novos padrões da SEC sinalizam que “a autoridade de aprovação de ETFs à vista de cripto passou para a CFTC (Commodity Futures Trading Commission), já que é a CFTC quem decide quais ativos podem ter contratos futuros”.

No entanto, a influência crescente da CFTC traz desafios: o aumento de manipulações nos mercados futuros de cripto pode levar a agência a reforçar a fiscalização, o que pode atrasar o avanço dos ETFs à vista. Até 2025, a CFTC já havia instaurado vários processos por fraudes no setor, podendo exigir obrigações de reporte mais rígidas dos emissores desses ETFs.

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