Republicando a manchete original: “US$ 40 milhões arrecadados em três dias — será que o Projeto X, de origem comunitária, conseguirá repetir o caminho de crescimento da Hyperliquid?”
A Hyperliquid tornou-se referência entre as plataformas de negociação deste ciclo de mercado, atingindo volumes diários acima de US$ 15 bilhões e conquistando mais de 74% de participação no mercado de perpétuos on-chain. Atualmente, seu token nativo, HYPE, ocupa a 12ª posição entre as maiores capitalizações do mercado cripto. A proposta da Hyperliquid vai além de operar como uma DEX isolada; o objetivo é criar um ecossistema inovador fundamentado no Hyper EVM.
Dentro desse ecossistema, um novo destaque despontou: Project X, que rapidamente atraiu os olhares da comunidade. Em apenas três dias após o lançamento, o DEX ultrapassou os US$ 40 milhões em valor total bloqueado (TVL). Como iniciativa de vanguarda, o posicionamento do Project X e o histórico de sua equipe têm gerado ampla curiosidade.
Para compreender a gênese do Project X, é essencial analisar o projeto anterior de sua equipe fundadora, o Pacmoon.
O Pacmoon, iniciativa social de memecoin na rede Blast, aplicou o “modelo Yap”, promovendo a valorização do token por meio do engajamento viral e consenso da comunidade. No ápice, o Pacmoon atingiu uma avaliação totalmente diluída (FDV) superior a US$ 200 milhões, consolidando-se como referência dentro do ecossistema Blast. Hoje, porém, o FDV do token PAC despencou para apenas US$ 35 mil. Esse recuo reflete tanto a perda de tração da rede Blast quanto a natureza passageira desse tipo de projeto.
De acordo com a documentação oficial, os fundadores do Project X permanecem anônimos. A equipe central tem sete integrantes: Lamboland lidera o crescimento, BOBBY atua na operação de produto, hisho responde pelo design e Ali lidera o setor criativo. Somam-se a eles um CTO com passagem pelo Y Combinator e dois engenheiros de backend especializados em DeFi.
Entre os quatro membros conhecidos, todos possuem histórico no desenvolvimento do Pacmoon ou da rede Blast, com Lamboland e BOBBY como fundadores do Pacmoon.
Agora, o grupo dedica-se à infraestrutura DeFi, especialmente à construção de uma AMM DEX (exchange descentralizada com market maker automatizado). Com o Project X, o objetivo é romper o padrão das “cópias do Uniswap”, trazendo inovações em mecanismos de distribuição, incentivos e experiência do usuário para transformar a dinâmica competitiva entre plataformas. Conforme destaca o site oficial: “Com a convergência tecnológica, a próxima fase do DeFi caberá a quem souber alocar valor e criar incentivos de forma mais eficiente, mantendo o engajamento dos usuários.”
O avanço do Project X segue etapas bem definidas. O estágio atual, Fase Um, foca na “HyperEVM DEX”. Em sequência, o projeto se expandirá para um “Agregador EVM” e, posteriormente, uma terceira fase ainda inédita, com a meta de consolidar-se como “a principal plataforma para negociação de criptoativos”.
O produto central adota o modelo de AMM DEX “no estilo Uniswap”, mas se diferencia por aprimorar a experiência do usuário e repensar os incentivos:
Ao concluir o desenvolvimento da HyperEVM DEX (Fase Um), a segunda etapa, chamada “Agregador EVM”, trará foco na agregação de liquidez entre redes EVM. Project X permitirá que o usuário acesse liquidez distribuída em múltiplas blockchains com um clique, enfrentando a fragmentação das DEXs multichain.
Hoje, o sistema de pontos do Project X é o principal motor de crescimento da base de usuários. Os pontos são a credencial essencial para interação com o ecossistema e possivelmente darão acesso a futuros airdrops de tokens ou benefícios exclusivos.
Os pontos podem ser obtidos por meio de diferentes formas de contribuição:
Para acelerar o desenvolvimento do ecossistema, o Project X criou incentivos de curto prazo:
Importante: o projeto atualizou recentemente a interface do sistema de pontos, que agora permite acompanhar o acúmulo em tempo real. Ainda assim, as regras detalhadas do airdrop — como taxa de conversão de pontos para tokens e cronograma de distribuição — não foram divulgadas. Portanto, recomenda-se que os usuários acompanhem as comunicações oficiais para informações atualizadas.
Diferentemente de grande parte dos projetos DeFi, que contam com capital de risco, o Project X segue um modelo 100% comunitário: de acordo com o site, todo o financiamento é próprio, sem participação de venture capital, investidores-anjos ou aportes privados. Essa estrutura garante mais autonomia à equipe e reforça o compromisso de longo prazo com o desenvolvimento.
Em contrapartida, a falta de financiamento externo reduz a resiliência a riscos. Caso ocorram oscilações extremas no mercado ou bugs em smart contracts, o projeto pode não ter condições de ressarcir possíveis prejuízos dos usuários.
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